Casamento nos tempos bíblicos
O conhecimento das cerimônias relacionadas com os atos núpcias no Oriente é essencial para a compreensão de várias passagens da Escritura.
Os esponsais realizam-se festivamente, com muita alegria, e então é permitido aos dois que conversem, tornando-se, assim, mais conhecidos um do outro. Mas, por espaço de alguns dias, antes do casamento, eles fecham-se nas suas respectivas casas, recebendo, então, o noivo e a noiva as visitas de amizade.
Os companheiros do noivo acham-se expressamente mencionados na história de Sansão; também são indicadas as companheiras da noiva em Jz 14. 10 a 18 e Sl 45.9,14,15.
As amigas e companheiras da noiva cantavam o Epitálamo, ou cântico nupcial, à porta da noiva, à tarde, antes do casamento.
Os convidados das duas partes são chamados “filhos das bodas”, sendo isto um fato que lança muita luz sobre as palavras de Jesus Cristo: “Podem acaso estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?” (Mt 9.15)
O noivo parte de tarde a reclamar a sua noiva, a hora já avançada, acompanhado dum certo número de amigos; e todos em procissão levam tochas e lâmpadas, indo adiante, geralmente, uma banda musical.
Nenhuma pessoa pode juntar-se ao cortejo, sem alguma espécie de luz. Estopa ou farrapos de linho são muito torcidos e metidos em certos vasos de metal, no topo dum varapau.
Doutras vezes a lâmpada ou a tocha vai em uma das mãos, ao passo que a outra segura um vaso de azeite, havendo o cuidado, de quando em quando, de deitar azeite na candeia para conservar acesa em todo o trajeto (Mt 25.1-8).
Depois da cerimônia e bênção do casamento, são conduzidos o noivo e a noiva com grande pompa à sua nova casa. A procissão assemelha-se, em todos os seus principais aspectos, à do noivo que vem buscar a sua noiva. O episódio da “veste nupcial” baseia-se no fato de que era costume aparecerem as pessoas nas festas do casamento com ricos vestidos.
Havia um guarda-roupa, do qual, podia servir-se todo aquele que não estava devidamente provido de veste nupcial.
Se o casamento era entre pessoas de alta estirpe, recebia cada convidado uma magnífica vestimenta. Estavam as vestes penduradas numa câmara por onde passavam os convidados, que se revestiam em honra do seu anfitrião antes de entrarem na sala do banquete.
Ainda prevalece no Oriente este costume: quando um homem rico faz uma festa, ordena uma espécie de peliça, para vestir sobre a sua roupa.
Fonte: Dicionário Bíblico Universal
Casamento uma instituição divina
O casamento é uma instituição divina, constituída no principio, antes da formação da sociedade humana. O criado fez o homem e dele tirou a mulher, e ordenou o casamento condição indispensável para perpetuar a raça humana (Gn 1.27,28). Deus implantou no homem desejos e afetos que se estenderam a todas as criaturas humanas, fez do casamento uma influência nobilitante, que poderosamente contribui para o desenvolvimento de uma existência completa no homem e na mulher. Declarou que não era bom que o homem estivesse só, e deparou-lhe um adjutório igual a ele (Gn 2.18). A abstinência do casamento somente é recomendável em casos especiais (Mt 19.12; 1Co 7.8,26) e constitui um desvio essencial à vida piedosa (1Tm 4.3). A monogamia é o ideal divino. O Criador instituiu o matrimônio com a união de um homem e uma mulher (Gn 2.18-24; Mt 19.5; 1Co 6.6). O número de homens e de mulheres é praticamente igual em uma nação. O casamento estabelece relações permanentes (Mt 19.6). O Eterno indiciou a permanência destas relações, fazendo com que os afetos entre o marido e a mulher, cresçam na proporção dos anos que passam, processo muito natural, em condições normais. Os fins morais exigem que estas relações sejam permanentes. A fidelidade do marido e da mulher no cumprimento de seus deveres, intimamente ligados à suas recíprocas relações e a criação dos filhos no principio da obediência e da virtude, são indispensáveis para se atingirem os fins morais do matrimônio. Entre os antediluvianos Adão, Caim, Noé e os três filhos deste, cada um tinha a sua mulher, mas a poligamia já era praticada. Lameque teve duas mulheres (Gn 4.19). A pureza do matrimônio foi-se enfraquecendo pela conduta de homens, que se deixavam governar por baixos motivos na escolha de suas esposas (Gn 6.12). Abraão adotou imprudentemente a poligamia quando julgou necessário ir em socorro de Deus para realizar a sua promessa (Gn 16.4). Isaque teve só uma esposa. Jacó teve duas mulheres como suas concubinas. Moisés que estava corrigindo abusos, não o fez repentinamente, permitindo aos israelitas por causa de sua dureza de coração e por se acharam escravizados aos costumes do tempo, divorciarem-se de suas mulheres por qualquer motivo; ele não proibiu a poligamia, mas procurou enfraquecê-la; deu regras aos costumes de seu tempo, porém a história do período primitivo, mostrou que o estado das cousas entre os israelitas, era contrário às disposições do Criador. Os serviços prestados por Moisés à causa do matrimônio consistiam em estabelecer ideal mais elevado, marcando os graus de consangüinidade e de afinidade dentro das quais se permitia o casamento, segundo a Lei (Lv 18), pondo freio à poligamia (Lv 18.18; Dt 17,17), garantido os direitos das esposas inferiores (Ex 21.2-11; Dt 21.10-17) restringindo o divórcio (Dt 22.19-29; 24.11) exigindo pureza na vida matrimonial (Ex 20.14,17; Lv 20.10; Dt 22.22). A poligamia continuou a ser praticada, em maior ou menor grau, pelos ricos, depois dos tempos de Moisés como o fizeram Gideão (Jz 8.30), Elcana (1Sm 1.2), Saul, Davi (2Sm 5.13), Salomão (1Rs 11.3), Roboão e outros. Os males que a poligamia produz, aparecem nas desordens domésticas provocadas pelo ciúmes das mulheres de Abraão e das de Elcana (Gn 6.6; 1Sm 1.6), em contraste com as belezas do casamento entre um homem e uma só esposa, descritas em Sl 128.3; Pv 5.18; 31.10-29; Ec 9.9. Na família a que Abraão pertencia permitia-se o casamento com a filha de seu pai e até com duas mulheres irmãs (Gn 20.12; 29.26). O casamento com a própria irmã não era cousa rara no Egito e era permitido na Pérsia. Em Atenas consentia-se o casamento com a irmã por parte de pai, e em Esparta, com a irmã por parte de mãe. A Lei Mosaica proibia tais alianças e ainda outras com laços de sangue menos chegado (Lv 18.6-18). Porém no caso de morte do marido que não deixava filhos, o irmão dele deveria casar-se com a viúva, sua cunhada (Dt 25.5). A Lei ordenava estes casamentos, mas não compulsoriamente. A lei romana parecia semelhante à lei mosaica neste particular. Declarava tais casamentos incestuosos, quando as partes tinham laços de consangüinidade muito íntimos, isto é, sendo as partes do mesmo sangue como irmã e irmão, ou por afinidade, como sogro e nora. A escolha de uma esposa para o filho era ordinariamente feita pelo pai (Gn 21.21; 24.38,46). Em alguns casos, o filho fazia ele mesmo a sua escolha ficando, ao pai a missão de dirigir as negociações (Gn 34.4,8; Jz 14.1-10). Somente em circunstâncias extraordinárias é que o jovem dirigia todo o negócio (Gn 29.18); Havendo o consentimento do pai ou do irmão da moça preferida, não havia necessidade de consultar a vontade dela (Gn 24.51; 34.11). Ocasionalmente os pais, procuravam um esposo para sua filha, ou a ofereciam em casamento a um individuo de sua escolha (Ex 2.21; Js 15.17; Rt 3.1,2; 1Sm 18.27). Os pais e às vezes a própria filha recebiam presentes feitos pelo candidato (Gn 24.22,53; 29.18,27; 34.12; 1Sm 18.25). Entre o tempo que decorria entre o noivado e o casamento, todas as comunicações entre as partes eram mantidas por meio de um amigo para este fim escolhido, que se chamava o “amigo do esposo” (Jo 3.29). O Casamento em si era negócio puramente doméstico, sem nenhuma cerimônia religiosa, apenas retificado por uma espécie de juramento (Pv 2.17; Ez 16.8; Ml 2.14). Depois do exílio, estabeleceu-se o costume de lavrar um contrato selado. Quando chegava o dia marcado para o casamento, a noiva purificava-se (Ef 5.26,27), vestia-se de branco (Ap 19.8; Sl 4.13,14), ornava-se de jóias (Is 61.10; Ap 21.2), apertava o cinto (Is 3.24; 49.18; Jr 2.32); cobria-se com um véu (Gn 24.65), e cingia a fronte com uma coroa. O noivo vestia as suas melhores roupas, cobria a cabeça e cingia o diadema (Ct 3.11; Is 61.10), saía de casa para casa dos pais da noiva acompanhado por seus amigos (Jz 14.11; Mt 9.15), ao som de músicas e de cantos. Se o casamento era de noite, as pessoas que faziam parte do cortejo empunhavam tochas (Mt 25.7). Recebendo a esposa na casa dos pais, com o rosto velado, e acompanhada pelos votos de felicidade dos amigos e pelas bênçãos paternais (Gn 24.59; Rt 6.11), o esposo a conduzia para casa de seu pai, ou para a sua, juntamente com os convidados, ao som de músicas e danças (Sl 4.15; Ct 3.6-11). Em caminho para casa, ajuntava-se à comitiva pessoas amigas do novo casal, moças virgens, etc. (Mt 25.6). Seguia-se o banquete na casa do esposo, ou de seu pai (Mt 22.1-10; Jo 2.1-9). Se a distância da casa era grande, então o banquete se realizava em casa dos pais da noiva (Mt 25.1), à custa destes ou do esposo (Gn 29.22; Jz 14.10). Nesta ocasião é que o noivo se aproximava da esposa pela primeira vez (Jo 3.29). Terminado o banquete, a noiva era conduzida para a câmara nupcial pelos pais (Gn 29.23; Jz 15.1), e o noivo era igualmente acompanhado pelos seus amigos, ou pelos pais da noiva. As festas continuavam no dia seguinte um pouco menor, e se prolongavam por mais uma ou duas semanas (Gn 29.27; Jz 14.12). As relações espirituais, entre Deus e o seu povo, são comparadas às de um esposo com a sua esposa (Is 62.4,5; Os 2.19). A apostasia de Israel, voltando-se pra a idolatria, ou para outras formas de pecado, é por conseguinte comparada à infidelidade de uma mulher para com o seu marido (Is 1.21; 3.1-20; Ez 16 e 23; Os 2), e portanto, dando lugar ao divórcio (Sl 73.27; Jr 2.20; Os 4.12). Esta comparação continua no Novo Testamento: Cristo é o esposo (Mt 9.15; Jo 3.29), e a Igreja é a esposa (2Co 11.2; Ap 19.7; 21.2,9 e 22.17). O amor de Cristo pela igreja, os cuidados que ele tem por ela, a posição que ele ocupa como seu cabeça, são bem representados pelos cuidados que um marido dispensa a sua mulher (Ef 5.23-32). Fonte: Dicionário da Bíblia J. Davis
O Casamento Misto O casamento foi instituído por Deus nos primeiros dias da humanidade, quando houve a união entre Adão e Eva, originando o primeiro relacionamento conjugal. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (Gn 2.24). O chamado casamento misto é a união entre o que professa a Deus como Mestre e Senhor com alguém que não comunga a mesma fé. Em toda a história do povo escolhido por Deus para servi-lo, vê-se a orientação clara para não tomarem esposas de outros povos (houve raras exceções), os casamentos deviam ser restritos aos da mesma raça. Aplicando aos nossos dias, nos quais, o povo escolhido para servir ao Senhor não está restrito a uma raça especificamente, mas, a sua condição de seguidor ou não dos princípios Divinos ditados pela Bíblia e manifestação do Espírito Santo; é inconcebível que haja nos corações de alguns o desejo de formar uma família, sendo ele ou ela descrente. Podem até constituí-la, mas, cientes que estão destituídos das bênçãos do Senhor. É a dureza de coração! Claro que há no meio cristão os (as) espertos, estes levados pelas paixões da carne, encontram muitas formas para justificar o relacionamento e até chegam a casar-se. Afirmam possuir uma fé grande o suficiente, para ver o cônjuge ser liberto das trevas, convertendo-se. Esta fé é imatura e despojada da realidade, não é aconselhável agarrar-se a tais expectativas. Melhor é ouvir o ensinamento do Senhor, honrá-lo com a obediência e temor. A Bíblia contém um número impressionante de advertências contra o casamento denominado misto, estas recomendações iniciam-se em Deuteronômio e estende-se até os dias do Apóstolo Paulo, este fez questão de frisar o infortúnio desta união. Veja alguma destas exortações, medite e as pratique: ¨ “...nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria.” (Dt 7.3,4) ¨ “Por isso amem somente o SENHOR, nosso Deus. Mas, se vocês não forem fiéis a ele, e fizerem amizade com os povos que ainda estão aí, e casarem com essa gente, podem ficar certos de que ele não expulsará mais esses povos do meio de vocês. Pelo contrário, eles se tornarão perigosos para vocês, como se fossem precipícios, armadilhas, chicotes nas costas ou espinhos nos olhos. E isso continuará até que vocês desapareçam desta boa terra que o SENHOR, nosso Deus, lhes deu.” (Js 23.11-13) ¨ Nessa época, descobri também que muitos judeus haviam casado com mulheres de Asdode, de Amom e de Moabe. Metade dos seus filhos falava a língua de Asdode ou outra língua e não sabia falar a língua dos judeus. Eu repreendi aqueles homens e os amaldiçoei; bati neles e arranquei os seus cabelos. E exigi em nome de Deus que fizessem a promessa de que nunca mais nem eles nem os seus filhos casariam com estrangeiras. Eu disse a eles: —Foram mulheres estrangeiras que fizeram o rei Salomão pecar. Ele era mais famoso do que todos os reis das outras nações. Deus o amou e o pôs como rei de todo o povo de Israel, e no entanto ele caiu nesse pecado. Será que nós vamos seguir o exemplo dele e desobedecer ao nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras?” (Ne 13.23-27). ¨ “O povo de Judá tem sido infiel a Deus, e o povo de Israel e os moradores de Jerusalém fizeram coisas nojentas. O povo de Judá profanou o Templo, que o SENHOR ama, e os homens casaram com mulheres que adoram ídolos. Que o SENHOR expulse do nosso país as pessoas que fazem isso, sejam quem forem, mesmo que apresentem ofertas ao SENHOR Todo-Poderoso!” (Ml 2.11). ¨ “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” (2Co 6.14) ¨ “Porém, se o marido não-cristão ou a esposa não-cristã quiser o divórcio, então que se divorcie. Nesses casos o marido cristão ou a esposa cristã está livre para fazer como quiser, pois Deus chamou vocês para viverem em paz.” (1Co 7.15) ¨ “A mulher não está livre enquanto o seu marido estiver vivo. Caso o marido morra, ela fica livre para casar com quem quiser, contanto que case com um cristão.” (1Co 7.39) A Exemplo dos textos encontrados no AT, o Apostolo Paulo, mostra de forma explicita que o servo de Deus deve casar-se com alguém que compartilhe os mesmo princípios, fé e objetivos no Reino dos Céus. A Opção do Cônjuge não-cristão: 1) Separar-se: “Porém, se o marido não-cristão ou a esposa não-cristã quiser o divórcio, então que se divorcie. Nesses casos o marido cristão ou a esposa cristã está livre para fazer como quiser, pois Deus chamou vocês para viverem em paz.” (1Co 7.15) Escrevendo aos Coríntios, Paulo fala sobre a questão do cônjuge que se converteu após o casamento, decisão que o companheiro (a) não compartilha; ensina claramente que, se o cônjuge não crente quiser separar-se, que separe. A iniciativa da separação deve partir sempre do incrédulo, afinal, ele (a) é o (a) descontente. “Vocês pensam que eu vim trazer paz ao mundo? Pois eu afirmo a vocês que não vim trazer paz, mas divisão. Porque daqui em diante uma família de cinco pessoas ficará dividida: três contra duas e duas contra três. Os pais vão ficar contra os filhos, e os filhos, contra os pais. As mães vão ficar contra as filhas, e as filhas, contra as mães. As sogras vão ficar contra as noras, e as noras, contra as sogras.” (Lc 12.51-53) e também: “E todos os que, por minha causa, deixarem casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras receberão cem vezes mais e também a vida eterna.” (Mt 19.29) Não deixe a sua fé abalar, quando o diabo insuflar os queridos familiares contra ti. É uma das práticas mais usadas pelo inimigo para demover a nossa nova convicção e modo de vida. Quando isto acontecer, esteja preparado para resistir! 2- Não separar-se: “Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos.” (1Co 7.12-14) No desenrolar da vida, um dos cônjuges aceita Jesus como Senhor, e se o (a) companheiro (a) consente em morar junto, a afirmação do Apóstolo é que não se separem. O incrédulo é santificado no convívio com o servo, e, em sua grande misericórdia o Senhor mova e salve o cônjuge ainda descrente. É necessário que o preço seja pago; uma vida irrepreensível e um testemunho autêntico são os instrumentos usados pelo Senhor para salvar. Sejam abençoados! Elias R. de Oliveira
É bom lembrar que o Senhor Jesus predisse que os problemas familiares surgiriam devido ao evangelho, veja:
O Casamento Abençoado
Em relação ao casamento, tenho sido movido pelo Espírito Santo a acreditar que esta relação deve nascer primeiro no coração de Deus, em seguida é manifesta na vida dos homens santos e sensíveis à Sua voz. Sei que este conceito entra em choque direto com várias correntes, dispostas a divinizar e abençoar toda e qualquer relação que surge; em geral impuras e pecaminosas.
A conseqüência, uma vida conjugal sem vida! Confusões; inimizades; filhos rebeldes e uma série de males que culminam com o divórcio.
O Senhor Jesus proferindo sobre o casamento afirmou:
“Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.” (Mc 10.9)
É comum pegar-se as palavras do Senhor Jesus e aplicá-las a todos os casamentos indistintamente; casou é porque Deus uniu! Esquecendo-se o caráter profundamente espiritual e a quem foi direcionada esta palavra; o Mestre falava para o seus escolhidos, as verdades de Deus aplica-se exclusivamente àqueles que procuram viver segundo os seus princípios (santidade, pureza, confiança, temor, amor, frutos do Espírito Santo), é impraticável querermos generalizar o que é espiritual, afinal:
“... palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (1Co 2.13,14)
:: O Casamento segundo o coração do Pai, tem o seu inicio no relacionamento revelado e abençoado; é preciso ser espiritual, cheios do Espírito Santo e sensível ao seu falar, que não haja ansiedade; e no tempo oportuno serão agraciados com a companheira (o), com o qual unirás, debaixo do consentimento Divino.
É preciso que as idéias anti-espirituais disseminadas largamente pelo diabo sejam quebradas! O namoro deve existir sim, mas, segundo a vontade de Deus. O conceito de ficar à procura da (o) esposa (o) envolvendo-se em muitos namoros é errado, é contrária à fé que afirmamos possuir. Cremos num Senhor que nos ampara em todos os aspectos e que é nosso dever sermos concordantes com a Sua vontade, porque então a procura desenfreada e carnal por uma (um) esposa (o)? Os planos do Senhor para muitos servos, não incluem o casamento ou a formação de família, veja:
“Pois há razões diferentes que tornam alguns homens incapazes para o casamento: uns, porque nasceram assim... e outros ainda não casam por causa do Reino do Céu. Quem puder, que aceite este ensinamento.” (Mt 19:12)
Casando-se, estão excluindo do viver os propósitos para os quais fora criado. Queres casar? Ouça primeiro à vontade de Deus! Sejam santos, puros, amorosos a Deus, este amor nos constrange a sermos fieis e tementes. Agindo assim, com certeza serás feliz, casado (a) ou não!
:: O casamento segundo o coração do homem, é oriundo de interesses diversos, por exemplo: ela engravidou; paixão; amor; romantismo; dinheiro; sexo; beleza; bem-estar; status; etc. os motivos são os mais diversos possíveis, no entanto, longe destes a manifestação e o direcionamento Divino.
Todas estas uniões são generalizadas e encaixadas pelos religiosos na afirmação: “O que Deus ajuntou não separe o homem.”
Não consigo ver em tais situações onde está a mão do Eterno, na realidade vejo a ação do diabo, que planta nos corações os mais estranhos objetivos e levados pela ilusão, culminam com o pecado e carregam sobre si o fato inevitável de uma vida conjugal péssima.
Pergunto: Como abençoar um casamento que nasceu no pecado? Há muitos pastores (sacerdotes) que se acham numa situação superior a do próprio Criador; e saem distribuindo bênçãos e endossando uniões pecaminosas. E completam:
“O que Deus uniu, não separe o homem!”
:: O Casamento nos tempos da ignorância espiritual; geralmente são aceitos pelo Senhor, por ocasião da restauração das vidas. As muitas misericórdias de Deus apagam definitivamente o pecado, fazendo nova a criatura.
“Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna.” (Rm 6:22)
Entre os que foram libertos do pecado e transformados em servos, inúmeros serão agraciados com a manifestação misericordiosa de Deus e abençoados em vossos casamentos.
É preciso, no entanto, que sejam desfeitas todas as maldições proferidas sobre esta união por cultos e religiões contrárias à Santa Palavra; o que eles chamam de bênçãos na realidade são condenações e correntes que aprisionam as pessoas, abrindo canais de acesso para a ação maligna. Após serem restaurados e lavados no sangue precioso de Jesus e aconselhável levantar a voz e declarar ao mundo espiritual a renuncia a tais costumes e práticas. É o momento de tomar a posse da bênção sobre a união!
:: O casamento para ser santo e duradouro, necessita que Deus seja o centro, Ele estabeleceu a união com um objetivo único, receber toda a honra e glória! É inquestionável, portanto, a observação de todos os princípios e regras definidas na Bíblia para o bom andamento da união conjugal. O lar deve ser consagrado a Deus; a leitura da Bíblia necessita ser em conjunto; a oração deve subir como aroma agradável; o sacrificar com jejuns de comum acordo; o culto familiar é indispensável; o ensino bíblico aos filhos um dever.
“Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força. Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.” (Dt 6.5-9)
A Bíblia ensina como deve o proceder entre o marido e mulher, pais e filhos, a família e Deus, a família e o mundo e todas as demais relações humanas.
Só é possível possuir um lar feliz, entronizando o Senhor Deus no centro e por conseqüência observar os ensinamentos bíblicos.
:: O casamento bem-sucedido requer que o Senhor seja o centro, que a atenção do casal esteja nEle. Por melhor que seja o esposo (a) sempre haverá imperfeições, afinal, somos humanos e sujeitos ao pecado. É relativamente normal surgirem algumas desavenças e mal-estar no relacionamento. São duas pessoas com personalidades próprias, que unidas estão pelo Senhor e pelo amor que sentem mutuamente, mas, as divergências surgem. Como contornar estas situações? É o momento da auto-negação, do sentar e conversar como santos, abertamente e na unção do Espírito Santo. Lembrem-se: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados.” (1Pe 4.8) Uns para com os outros, inclui a (o) esposa (o). Cada cônjuge precisa pagar o preço para o relacionamento fluir; reconhecendo os pontos fracos, as tendências, as imperfeições e as submeta à vontade de Deus.
“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Ef 4.32) Os corações precisam ser humildes, compassivo, benigno e perdoar à semelhança do Senhor Jesus para com a nossa vida. O ensinamento é claro: “Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem e não fiquem o dia inteiro com raiva.” (Ef 4.26) Ouçam o Senhor e serão bem-sucedidos na vida conjugal.
Sejam abençoados!
Elias R. de Oliveira